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Curiosidades do sangue

  • A hemoterapia, ciência que estuda o tratamento de doenças utilizando o sangue, sempre ocupou um espaço entre o científico e o místico. Os gregos conheciam o sangue como sustentáculo da vida.
  • Em 1492, quando o Papa Inocêncio VIII estava em coma, o sangue de três rapazes foi infundido no agonizante pontífice, por sugestão de um médico. Entretanto, não somente o papa morreu, mas também os três doadores.
  • Foi em 1627, com a descoberta da circulação sanguínea no corpo, por Willian Harvey, que a hemoterapia começou a chamar atenção dos estudiosos da saúde para a possibilidade da transfusão.
  • As primeiras transfusões oficiais de sangue foram realizadas em animais no século XVII por Richard Lower, em Oxford, no ano de 1665.
  • Em 1667, foi feita a primeira tentativa de transfusão de um carneiro para um paciente portador de tifo. Ele faleceu, mas a partir daí as tentativas de transfusão passaram por várias transformações.
  • A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818. Após realizar com sucesso experimentos em animais, ele transfundiu sangue em mulheres com hemorragias pós-parto.
  • No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas.
  • Em 1869, foram iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks. Simultaneamente desenvolviam-se equipamentos destinados à realização de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusões braço a braço.
  • Em 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como consequência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminado com a morte do receptor.
  • A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber. Porém, este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
  • Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as transfusões de sangue.
  • Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola.
  • Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner.
  • No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue.
  • Após a Segunda Guerra Mundial, com os progressos científicos e o crescimento da demanda por transfusões de sangue, surgiram no Brasil os primeiros Bancos de Sangue.

Nos dias de Hoje:

  • A quantidade de sangue doado é de aproximadamente de 450ml. A quantidade de sangue no corpo de um indivíduo é cerca de 8% de seu peso e apenas 10% desse total pode ser doado.
  • A parte líquida é reposta pelo organismo em 24h e o ferro é reposto pela alimentação em até 2 meses para homens e, 3 meses para mulheres, devido ao período menstrual. Portanto, você pode doar após este período.
  • Em um intervalo de 12 meses os homens podem realizar até 4 doações e as mulheres até 3 doações.