Fundação Hemopa precisa reforçar estoque com tipagens de sangue ‘o positivo’ e ‘o negativo’

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O hemocentro observa que o processo da coleta de sangue é simples, rápido e não dói

No mês de abril, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), registrou a coleta 8.480 bolsas de sangue, na hemorrede estadual, que vai beneficiar mais de 33.600 pacientes internados na rede hospitalar. O número de doações realizadas foi cerca de 1,5% menor em relação a março deste ano. Os motivos podem ser facilmente explicados pelo rigoroso inverno amazônico, cujas fortes chuvas dificultaram o acesso de voluntários aos serviços de coleta de sangue no Pará, além das doenças do período que inabilitam as doações, temporariamente.

Hoje com 25 anos, Mikial José Silva Tavares, descobriu que tinha Anemia Fanconi (doença caracterizada pela falência medular progressiva e pelas malformações congênitas), com pouco mais de 10 anos de idade. Desde então, ele necessita fazer transfusão de sangue com regularidade para manter sua qualidade de vida. Ele é um dos mais de 16 mil pacientes ativos atendidos pelo Hemopa que é referência para tratamento de doenças do sangue e, a maioria delas, o usuário é dependente dessa terapia transfusional, que exige a manutenção do banco de sangue.

Mikial José Silva Tavares

“Faço tratamento no Hemopa há mais de uma década. Aqui todos,  procuram atender da melhor forma possível. Faço transfusão a cada 15 dias. Peço que as pessoas que doem sangue porque é muito importante para salvar vidas inclusive, a minha”, destacou o usuário que agradece cada doador de sangue pelo gesto solidário.

Segundo a gerente de Captação de Doadores de Sangue (Gecad), a assistente social Juciara Farias, “neste momento estamos precisando reforçar nosso estoque com sangue, principalmente, os tipos O Negativo e O Positivo. O processo da coleta é simples, rápido e não dói. Muitas pessoas dependem desse gesto solidário”, comentou a profissional ao destaca as estratégias para facilitar as coletas de sangue junto à população, entre eles, disponibilidade de duas unidades móveis de coleta de sangue, o projeto Caravana Solidária e o agendamento de doação de sangue. 

O servidor público, Marco Antônio Moraes, 49, foi dos voluntários que estiveram na sede da Fundação Hemopa, em Belém, para doar sangue e salvar vidas. Ele atendeu o pedido de um amigo que sofreu acidente e vai precisar receber transfusão de sangue. “Há três anos não doava e hoje aproveitei a oportunidade. Sou doador há mais de 10 anos. Sou do tipo O Positivo. A sensação de doar sangue é muito boa”. 

Marco Antônio Moraes, servidor público

A gestão da Fundação tem buscado alternativas de dar maior acesso à população doadora, como a Caravana Solidária, que trata-se de um micro ônibus do Hemopa que viabiliza o transporte de pequenos grupos de colegas de trabalho, amigos ou até familiares. Interessados em compor parceria devem entrar em contato com a Gecad pelo fone: 32245048, de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h; e  aos sábado, de 8h às 17h. O agendamento de coleta de sangue é feito nos mesmos dias e horários pelo 08002808118.

As unidades móveis de coleta de sangue podem realizar campanhas externas em instituições de todas as esferas. Interessados também devem entrar em contato com a Gecad para contribuir com o atendimento transfusional.

Campanha externa – Seguindo programação de campanha externas desta semana o Hemopa realizou ação estratégica em parceria com Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 8a Região, nesta quarta-feira (11), que resultou em 85 comparecimentos. Houve ainda nove cadastros para doadores de medula óssea.

Entre os voluntários estava a técnica Judiciária do TRT 8a Região, Letícia Gutierrez, 32, que é doadora há mais de 10 anos. “Acho muito importante doar sangue. Eu tive uma pessoa na família que precisou e sei como isso é significativo para quem recebe. Indico a todos a doação de sangue”.

Qyuinta-feira, 12, a parceria será com a Faculdade Adventista da Amazônia – FAAMA, de 8h às 17h, na  Rod. Augusto Meira Filho, Km 01, s/n – Paricatuba (Benevides).


Para doar sangue, os voluntários precisam seguir os critérios básicos:
•  Ter entre 16 e 69 anos, (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal);
•  Estar bem alimentado;
•  Pesar mais de 50 kg;
• Estar em boas condições de saúde.

No momento do cadastro é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH), passaporte ou carteira de trabalho).

Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar, só precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias após o último contato. Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantã, são 48 horas de inaptidão para doação, após cada dose. Já as demais vacinas  basta esperar sete dias após cada dose.

É necessário ficar atento também para os sintomas gripais. Quem apresentou qualquer sintoma, deve esperar 15 dias após o fim dos sintomas, se tiver o teste de comprovação que não é Covid-19. Caso não tenha o teste de Covid, deve esperar 30 dias após os sintomas gripais.

A Fundação Hemopa observa que é possível mais informações no site www.hemopa.pa.gov.br.

Por Vera Rojas (Ascom Hemopa)