Hemopa convoca doadores para ajudar a repor o estoque de plaquetas da hemorrede estadual

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No período pós-carnaval é comum que as doações diminuam. As plaquetas são importantes para pacientes submetidos a vários procedimentos médicos

O estudante de biomedicina, Lucas Machado Barros, é doador de plaquetas há dois anos. Nesta quarta-feira (08), ele atendeu ao pedido do Hemopa e foi ajudar a reforçar o estoque de plaquetas do hemocentro, em Belém. 

“Tudo começou quando doei sangue e me propuseram a doação de plaquetas. Fui incentivado aqui mesmo no Hemopa e hoje vejo a importância desse ato. Você sabe que, imediatamente, alguém será beneficiado com essa doação. É um ato de amor ao próximo mesmo”, ressalta. 

As plaquetas são derivadas do sangue, com vida útil de apenas cinco dias. As plaquetas são as células do sangue responsáveis pela coagulação sanguínea. Esse hemoderivado é importante para pacientes que tenham sido submetidos a transplante de medula, quimioterapia ou a alguma intervenção cirúrgica. Nos casos de dengue grave, por exemplo, os anticorpos produzidos pelo organismo para combater o vírus, podem destruir as plaquetas.

“Todo paciente que precisa de transfusão de sangue, obrigatoriamente vai precisar de um desses componentes, às vezes até mais do que um deles. O doador é capaz de doar esses três componentes em uma única ida. Mas pro paciente receber, ele nem sempre vai precisar de uma bolsa de um único doador. Pra gente conseguir uma dose terapêutica que faça efeito no receptor, muitas vezes ele precisa de dois, três, ou até cinco, sete doadores como é o caso do recebimento de plaquetas, por isso a necessidade dos doadores procurarem o Hemopa, porque para atender um único paciente, eu preciso de muitos doadores. Algumas patologias não têm como resolvermos o problema do paciente se não tivermos plaquetas em estoque”, ressalta a hemoterapeuta Ana Luiza, do Hemopa.

Doação de plaquetas

A plaqueta pode ser obtida em uma doação de sangue regular, quando é separada após o procedimento, ou em uma doação especial, quando é separada na hora da retirada. Nesse caso, os demais hemoderivados (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plasma) e parte das plaquetas retornam ao corpo do doador após a separação.

Para separar só as plaquetas de uma bolsa de sangue, o processo demora, em média, dois dias e são necessárias até oito bolsas para encher uma de plaquetas. Já uma máquina otimiza a coleta: em uma só doação, ela separa a quantidade suficiente de plaquetas para abastecer uma bolsa.

Na doação por aférese, é retirada do doador apenas as plaquetas. Dessa forma, a quantidade de plaquetas obtida é, em média, sete vezes maior do que se consegue em uma doação normal.

A reposição das plaquetas é feita naturalmente pelo organismo, em geral, no prazo de 48 horas. Portanto, a doação por aférese não afeta a saúde e permite que a pessoa doe novamente em 72 horas.

Quem pode doar

Doações podem ser feitas por qualquer pessoa, de 16 a 69 anos, que estejam em boas condições de saúde e que pesem mais de 50 kg. A orientação é evitar o consumo de alimentos gordurosos três horas antes da doação. Quem foi infectada pelo novo coronavírus deve esperar pelo menos 10 dias, contados a partir do fim dos sintomas.

É necessário apresentar documento com foto. Adolescentes de 16 e 17 anos também devem comprovar consentimento formal dos responsáveis. Para doar plaquetas, é necessário agendamento prévio por meio de contato telefônico.

Endereços:

Hemocentro Belém
Travessa Padre Eutíquio, nº 2109, Batista Campos.
Atendimento: de segunda a sexta-feira, 7h30 às 18h, e no sábado, das 7h30 às 17h.
Contato: 0800 280 8118.

Posto de coleta do Castanheira
Rodovia BB-316, KM 01 – Pórtico Belém, Bairro Castanheira.
(em frente à entrada do Shopping Castanheira).
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h.
Sábados, das 7h30 às 17h.
Domingos, das 8h às 15h.
Contato: 0800 280 8118.

Hemocentro Castanhal
Novo endereço: Rua Quincas Nascimento, nº 521, Bairro Saudade.
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Fone: 3412-4400 (geral) / 3412-4404 (serviço social).

Hemocentro de Santarém
Avenida Frei Vicente, nº 696, entre as alamedas 30 e 31 (Aeroporto Velho).
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, e sábado das 7h às 13h.
Fone: (93) 3524-7550.

Hemonúcleo de Altamira
Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, Esplanada do Xingu.
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h30, e sábado das 7h às 17h.
Contato: (93) 98415-6282.

Por Denise Soares (SECOM)