Transplantado de Redenção estimula o cadastro de medula

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Aos 28 anos, o advogado Marcelo Mendanha descobriu que estava com leucemia. Começou o tratamento imediatamente com os procedimentos quimioterápicos, porém, foi surpreendido com uma pneumotórax logo no início do processo. Com o pulmão perfurado, teve que ficar uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E essa é a realidade de muitos pacientes com doenças do sangue. Tratamentos invasivos, transfusões sanguíneas, infecções, uma batalha a cada dia para enfrentar e superar.

Durante esse tempo, a família do Marcelo se mobilizou para fazer o teste de compatibilidade de medula óssea entre os dois irmãos. Há maior probabilidade entre irmãos consangüíneos, cerca de até 30%.  “Por obra divina, a minha irmã mais nova foi compatível, após exame HLA. Fiz o Transplante de Medula Óssea, no dia 10 de agosto de 2010”, contou.

Marcelo feliz em ter a irmã, Ana Flávia, como doadora compatível.

“Indescritível a sensação da cura! Só a notícia de saber que tinha condições de lutar pela vida, com a descoberta de doadora compatível, já foi o motivo da maior alegria da minha vida! E depois passar pelo procedimento com sucesso, de fato, é o sentimento de gratidão que permanece até hoje: gratidão a Deus, à minha família, amigos e todos os que oraram e lutaram comigo”, disse o advogado.

Ana Flávia, a irmã doadora do Marcelo, conta que é só gratidão. “A emoção foi o nosso vetor, amparados pelo nosso Criador. Alegria, alegria, alegria e o alento: eu sendo instrumento de Deus para salvar uma das pessoas mais importante da minha vida. No procedimento houve alguns percalços, mas a fé que comandava. Como o Marcelo mesmo diz: 100% de esforço em 1% de chance”.

O transplante de medula óssea do Marcelo foi realizado em Goiânia, no Hospital Araújo Jorge. No pós-operatório, ele ainda apresentou uma rejeição com reflexos no fígado e foi necessário tomar imunossupressores por mais três meses até que, enfim, pode retornar às atividades de rotina.

“Não percam a esperança! Nunca deixem de lutar pela vida. Durante todo o meu tratamento mantive o otimismo, a fé e a total confiança nos meus médicos. Todo o meu tratamento foi tranquilo, e mesmo nos momentos difíceis, tive o suporte necessário para encarar de frente todas as dores. A luta é desgastante, mas ao fim, descobrimos o quão fortes somos, e quão amados somos!”, concluiu Marcelo, deixando uma mensagem para quem ainda espera por uma compatibilidade de medula.

Marcelo fez tatoo para marcar a luta contra a Leucemia

Fevereiro Laranja – Marcelo Mendanha tatuou na pele a luta contra a leucemia e ainda é um agente multiplicador da causa da doação de sangue e de Medula óssea.  No último dia 23, ele mobilizou estudantes do curso de Direito da Faculdade FESAR para uma campanha de cadastro ao Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, em parceria com o Hemopa Redenção. No total, foram feitos 45 novos cadastros para futuros doadores de medula óssea.

“Essa ação, no Fevereiro Laranja, foi realizada com o intuito de  conscientizar os alunos, inclusive os calouros. Estamos aqui para ajudar a salvar vidas e levar esperança para quem precisa de um transplante de medula para lutar pela vida”, destacou Marcelo que é o protagonista dessa história de superação.

Silvia Oliveira, Farmacêutica Bioquímica do Hemopa Redenção, destacou a importância de parcerias como esta. “Os jovens são nossos doadores em potencial. Com ações dentro das faculdades, conseguimos sensibilizar esse público sobre a importância da doação de sangue e medula como responsabilidade social. Cada um de nós somos uma fonte de vida de alguém”, concluiu.