Balanço do ‘Dia da Mulher do Hemopa’ registra coleta de mil bolsas de sangue

Text_2

De acordo com a Fundação Hemopa, cerca de 42% do total de voluntários cadastrados na instituição são mulheres

O Dia Internacional da Mulher, celebrado pela Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), com uma campanha em todo o Pará, até o último sábado (9), mobilizou doadores e resultou na coleta de 1.011 bolsas de sangue, beneficiando 4.044 pacientes em toda a rede hospitalar paraense. 

Nesse contexto em que os olhares se voltam ao destaque da participação das mulheres em todas áreas, incluindo pautas sociais fundamentais, como o voluntariado, por meio da doação de sangue, o Hemopa recebeu grupos de mulheres engajadas em diversos segmentos, trazendo palestras de conscientização e educação em saúde da mulher, com foco na dignidade e prevenção da saúde, serviços de beleza, incentivo ao empreendedorismo e apresentação musical.

Tradicionalmente no Dia da Mulher, o Hemopa direciona a campanha para agradecer às mulheres que contribuem com a doação de sangue. “Nós, mulheres, podemos gerar vida de várias formas e uma das maneiras mais brilhantes pode ser com uma doação de sangue. Essa campanha visa ainda sensibilizar outras pessoas que ainda não tiveram essa oportunidade de doar sangue e ajudar a salvar vidas”, ressaltou a gerente da Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias.

Maria Luiza Gemaque é doadora de sangue desde os 20 anos de idade. Atualmente está com 57 anos e fez questão de estar presente na campanha, no Dia da Mulher. “Ser humano é ser solidário. Eu já fiz dez cirurgias e não precisei receber transfusão, mas me sinto no papel cidadão de ser voluntária, porque doar sangue é o mesmo que doar vida pelo seu irmão”, destacou. 

De acordo com dados da Fundação Hemopa, cerca de 42% do total de voluntários cadastrados na instituição é composto por mulheres, representando uma parcela da população que doa regularmente para manter os estoques do banco de sangue paraense abastecidos.

Leila Chama é administradora hospitalar e membro do Conselho da Mulher Empresária (CME), doadora de sangue há quase 20 anos, ela participou das homenagens às mulheres e doou sangue. “Todas nós viemos aqui para estender o braço mesmo por amor, num gesto simples e rápido, mas cheio da grande força que nós mulheres temos, além da importância desse ato, porque a gente não sabe para quem vai o nosso sangue, é realmente amor, que bom poder fazer o bem e ajudar outras pessoas”, disse a empresária.

Jaqueline Belém, coordenadora da UPA da Marambaia, também doou sangue e reuniu outras voluntárias da unidade de saúde que em parceria com o Hemopa, atende os pacientes da localidade. “Todos os anos nós fortalecemos esse vínculo, conscientizando nossos colaboradores, e, em especial nessa campanha alusiva ao Dia Internacional da Mulher, conseguimos mobilizar para ajudar realmente a quem precisa todos os dias”, reforçou a profissional. 

A influência da mulher mobiliza e incentiva outras mulheres e a sociedade como um todo para enxergar esse ato que lança a solidariedade como papel cidadão ao ser doador voluntário de sangue.

“Além de doar e ajudar outras pessoas, é uma questão social que apresenta um olhar sobre o papel de cada indivíduo, porque todo mundo tem sangue e de alguma forma pode contribuir e fazer a sua parte, mesmo que seja aos poucos, são esses pequenos atos que fazem grandes mudanças na sociedade”, disse Maria Elisa Monteiro, estudante de arquitetura e urbanismo que doou sangue pela primeira vez.

Regionais.

As caravanas solidárias de várias localidades do Pará, também marcaram presença nas unidades do Hemopa pelo Estado. A professora Gilmara Oliveira, da caravana de Tomé-Açu, foi uma das voluntárias. “Soube pela minha irmã que me chamou e eu topei, porque é por uma boa ação e tem tantas pessoas que estão precisando. Quem dera todos tivessem essa consciência, poderiam ser salvas muito mais vidas”, considerou a doadora.

Chirlândia Mota doa sangue há 15 anos. A empresária do município de Redenção foi ao hemonúcleo da cidade e promoveu a causa com um dia de demonstração de produtos de beleza para as doadoras de sangue que participaram da campanha alusiva ao dia da mulher. “Ao doar sangue, elas vão sair muito mais cheirosas”, garantiu.

Margarete Santos, do grupo de ciclistas “Mulher nota 100”, participou da campanha com integrantes do coletivo. “Nós sempre estamos em atividade nessa causa da solidariedade. Entendemos que doar sangue é um compromisso que todos nós deveríamos ter, cuidando da saúde, seja pedalando ou praticando exercícios, que ajudarão no condicionamento físico e nos fazer ficar saudáveis para a doação”, concluiu a ciclista.

A Fundação Hemopa está presente em todo o Estado do Pará, por meio da cobertura de serviços feita pelo hemocentro coordenador, em Belém, as unidades de coleta dos shoppings Castanheira e Metrópole, em Ananindeua, os hemocentros regionais de Castanhal, de Marabá e de Santarém, além dos hemonúcleos de Abaetetuba, Capanema, Tucuruí, Altamira e Redenção. A instituição vem expandindo ainda mais o seu atendimento hemoterápico com a descentralização da hemorrede estadual e abertura de novas Agências Transfusionais. De 2019 até janeiro deste ano foram entregues 16 unidades de transfusão de sangue totalmente equipadas e com profissionais capacitados.

Para doar sangue é preciso:

-Apresentar um documento de identidade oficial com foto (Ex.: RG, CPF, carteira de trabalho e passaporte);

– Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados de responsável legal);

– Ter mais de 50 quilos;

– Estar bem alimentado (não pode estar em jejum);

– Dormir pelo menos 6h nas 24h anteriores à doação;

– Não ingerir bebida alcoólica 12h antes da doação;

– Ter intervalo entre doações de dois meses para homens e três meses para mulheres;

– Quem se vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue, sendo necessário um intervalo de dois dias após cada dose para quem recebeu a vacina Coronavac, e sete dias para quem recebeu as demais vacinas.

– Quem teve Covid-19 pode doar sangue depois de 10 dias após a cura.