Ainda em clima do ‘Junho Vermelho’, o sábado (27) foi movimentado nos Hemocentros de Belém e Castanhal com a participação de várias Caravanas Solidárias, entre elas, da Universidade da Amazônia (Unama), da comunidade LGBTQI+, ‘Sangue Corintiano’ e do ‘Hospital Oncológico Octávio Lobo’, que também trouxeram um violão para animar os voluntários que esperavam no pátio do Hemopa.
Pela primeira vez, após a decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI nº 5543, o Hemopa recebeu uma caravana LGBTQI+. “Essa decisão foi muito importante para uma igualdade quanto a doação de sangue. A gente se sente muito feliz. É uma questão de isonomia para todos os públicos. Precisamos ser tratados de forma isonômica e respeitosa”, ressaltou Vanessa Egla, advogada da causa.
A também integrante da caravana, Tatiana Macedo que é telefonista, estava satisfeita por poder doar pela primeira vez. “A gente está muito feliz. Assim nos sentimos mais útil para a sociedade”.
A doação de sangue é um ato de amor e de responsabilidade social. A Fundação Hemopa atua de forma a atender cerca de 200 unidades hospitalares em todo o estado. E a parceria com entidades públicas e privadas, associações comercias e civis, igrejas, times de futebol e suas torcidas, são essenciais neste processo.
Milene Dil, professora do curso de enfermagem da Faculdade Unama, mobilizou os alunos para doar neste sábado. “A gente utiliza essa metodologia, de mobilizar os alunos há 5 anos. Esse momento de pandemia em que estamos vivendo, sensibilizados uma caravana para poder fazer o bem e ajudar muitas pessoas”, ressaltou.
Em Castanhal- Em Castanhal o sábado também foi de solidariedade com realização de Caravana de Igarapé Açu e do Grupo Kairós, além demais voluntários que tiraram o dia para salvar vidas, doando sangue.
Foi o caso do Éricson Melo, 36, que atendeu pedido para doar sangue ao sogro que está internado na UPA da cidade. “Sou doador há mais de anos . Isso é muito importante porque salva vidas, inclusive, agora será salva a vida do meu sogro”, ressaltou o técnico de Raio X, que não escondeu a satisfação de poder ajudar um ente da família.
A professora de Educação Física, Ozaneide Sodré, 39, também foi uma das doadoras do dia. Ela doou sangue para seu pai, Carlos Gusmão, que também está internado na UPA de Castanhal. ”Como ele vai precisar de mais bolsas de sangue, criamos um grupo de amigos para salvar vidas também de outras pessoas”, destacou a voluntária.