Hemopa celebra o dia do Assistente Social na captação de doadores de sangue

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A Fundação tem 27 assistentes sociais atuantes na captação de doadores de sangue e de medula óssea, entre outras funções

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), comemora neste domingo (15), o Dia do Assistente Social, que faz parte da equipe multiprofissional da instituição, e desempenha importante papel na captação de doadores voluntários de sangue / medula óssea e, na assistência aos pacientes com doenças do sangue, onde o hemocentro é referência no Pará.

De acordo com a diretora Técnica do Hemopa, a médica Luciana Maradei, este profissional conhece os aspectos técnicos e legais do processo da doação, transfusão e distribuição do sangue. “Busca-se, além da captação, a fidelização dos doadores. As ações de educação em saúde realizada pelo Serviço Social não se pautam apenas pelo fornecimento de informações e/ou esclarecimentos que levem a adesão do usuário à doação de sangue, mas na construção de uma cultura de cidadania e solidariedade”, destacou ao reforçar que o impacto social principal da atuação do Serviço Social na hemoterapia/hematologia é a viabilização do direito à saúde das pessoas que precisam da transfusão de sangue.

Estudante de Enfermagem, Maria Isabele Garcia Simões de Menezes, doando sangue.

A jovem Maria Isabele Garcia Simões de Menezes, 24, estudante de Enfermagem Faculdade Integrada da Amazônia (Finama), é a resposta real de trabalho de captação de doadores. Ela realizou sua primeira doação de sangue na sexta-feira, 13, na sede do Hemopa, em Belém, incentivada por uma palestra realizada na faculdade por um dos profissionais da Gerência de Doadores (Gecad) do Hemopa. “Eu vim dor sangue por causa captação de doadores. As palestras que são muito importantes porque tem pessoas todos os dias precisando de sangue nos hospitais. Antes eu não tinha nenhuma informação sobre como doar sangue. É um trabalho lindo que salva vidas, maravilhoso. Doar sangue é maravilhoso eu já quero trabalhar para salvar vidas”. 

Juciara Farias, assistente social da Fundação Hemopa

A titular da Gecad, a assistente social, Juciara Farias, explica que os profissionais de Serviço Social na hemorrede estadual atuam para a construção de uma política pública que fortaleça a promoção da doação de sangue como uma responsabilidade social que deve ser compartilhada com toda a sociedade. “Além disso, cotidianamente, temos a corresponsabilidade pelo abastecimento do estoque de sangue para o cumprimento da missão da captação de doadores na promoção de estratégias e ferramentas de mobilização individual e coletivamente para o processo da doação de sangue. Além disso, busca-se a descentralização da intervenção do Serviço Social com o objetivo de fortalecer práticas institucionais que visem a concretização do Programa Estadual de Captação de Doadores”, destacou.

O serviço de captação de doadores conta com o desenvolvimento de vários projetos em vários segmentos sociais, entre eles, Doador do Futuro com público-alvo crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas; Captação hospitalar, junto aos profissionais de saúde, familiares de pacientes e comunidade do entorno; Agentes da doação em parceria com agentes comunitários de saúde e estratégias saúde da família; Campanhas estratégias, externas e internas, com público-alvo a sociedade em geral.

De janeiro a abril deste ano, a Fundação registrou um média mensal de mais de 8 mil coles de sangue, na hemorrede estadual.

Hematologia – Não menos importante, o assistente social também atua na assistência aos pacientes com patologias do sangue, cuja maioria depende a vida toda de transfusão para sobreviver e/ou melhorar a qualidade de vida. Hoje a Fundação Hemopa possui cadastro de mais de 16 mil usuários  em atendimento ativo. 

A assistente social e titular da Gerência Sociopsicopedagógica do Hemopa, voltada à assistência aos pacientes, Cristina Santos, destaca a atuação desse profissional nas especificidades da política de saúde, com é o caso da atenção hematológica “Sem dúvida que potencializa a qualidade do serviço prestado à população, pois este profissional, dentro das equipes multiprofissionais, desempenha o papel de articulador da intersetorialidade, entre as políticas públicas, indispensável à garantia da atenção integral que os usuários necessitam, para a sua qualidade de vida. Este ainda implementa, cotidianamente, o processo de humanização no serviço de saúde”

Caio Fernando Silva dos Santos, 9 anos, que desde bebê recebe tratamento no Hemopa para anemia falciforme.

Entre os usuários beneficiados com esse atendimento, está o pequeno Caio Fernando Silva dos Santos, 9 anos, que desde bebê recebe tratamento no Hemopa para anemia falciforme (é uma doença hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice). “O serviço Social é muito importante na equipe do Hemopa. Quando a gente precisa de alguma orientação a gente corre eles que oferecem também atendimento muito humanizado. Eles se colocam no nosso lugar. Como todos os demais, eles fazem até além do trabalho deles eles tomam nossas dores. Parabéns a todos!”, ressaltou a mãe do garoto, Madalena Calandrine, que sempre o acompanha nas consultas e procedimentos.

Entre os principais projetos desenvolvidos junto aos usuários hematológicos estão, Projeto Espaço Brincar (Brinquedoteca), Projeto Promovendo Saúde Através de Atividades Sócio-Culturais e Recreativas, que favorece os aspectos biopsicossociais dos familiares e usuários; Projeto Sala de Espera: Educação em Saúde para Promoção da Qualidade de Vida, desenvolve ações educativas planejadas e articuladas para a promoção da saúde e da qualidade de vida dos usuários hematológicos e familiares.

Há ainda o Projeto Criar e se Recriar: construindo cidadania, que incentiva e facilita a organização do grupo de pacientes e familiares nos cursos e oficinas oferecidos pela Fundação; Vida Educa que visita às Escolas como prática dialógica para o desenvolvimento educacional.

Descentralização do serviço- O profissional assistente social também atua nas unidades do Hemopa no interior do Pará: Castanhal, Marabá, Santarém, Altamira, Tucuruí, Capanema, Redenção e Abaetetuba .

Castanhal – No Hemocentro Regional Castanhal, a assistente social, Anaidis do Socorro da Silva Tavares, destaca que “o principal desafio é buscar estratégias que incentive que a população, de uma forma geral, exerça responsabilidade social e regular da doação de sangue, tornando-se doador de sangue finalizado”. Ela informou que o serviço de coleta tem uma média mensal de 700 coletas de bolsas de sangue que abastecem a rede hospitalar do nordeste paraense.

Capanema – No Hemoúcleo Capanema, onde atua a assistente social, Luiza Helena, destaca as múltiplas atividades desse profissional, entre elas, a captação de doadores, que envolve ações de educação em saúde e mobilização que incluem atividades externas  junto a hospitais,  empresas,  escolas,  grupos diversidade.

Ela aponta ainda o acolhimento aos novos servidores e atendimentos a todos em relação a orientação ative direitos e deveres do servidor público, além de  orientação a pacientes e familiares

Atualmente a hemorrede estadual conta com 27 assistentes sociais que atuam em vários setores, entre eles, captação de doadores de sangue e de medula óssea, assistência ao paciente, na Ouvidoria e Serviço de Assistência à Saúde do Servidor (SASS).Por Vera Rojas (HEMOPA)